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Mostrando postagens de setembro, 2017
TÃO LONGE, TÃO PERTO. LEGIÃO URBANA. Que país é este . 1978-1987. EMI, 1987. Em nosso país, a década de 1980 serviu de palco para grandes mudanças políticas e sociais. Os militares haviam devolvido o comando do Brasil ao setor civil e Tancredo Neves havia sido eleito presidente da República pelo Colégio Eleitoral. Entretanto, faleceu antes de sua posse. Seu vice-presidente, José Sarney, “o protótipo do político ao velho estilo brasileiro” [1] , assume o comando do país e lança sucessivos planos econômicos, durante seu mandato, com a intenção de debelar a grave crise econômica que assolava o Brasil. O “milagre econômico” dos anos 1970 tinha dado lugar à “década perdida” da década de 1980. As manchetes dos jornais estampavam em letras garrafais:  inflação, desemprego e recessão. O rock, estilo musical contestador, serviu como catalisador das aspirações, frustrações e sentimentos da juventude da época. Em dezembro de 1987, quando “a inflação acumulada no ano chegou a 365,99%
UMA ALMA ANGUSTIADA. Alice in Chains. Jar of flies. Columbia, 1994. No começo de 1994, a banda Alice in Chains, oriunda de Seattle, berço do grunge, lançava Jar of flies , um EP acústico, com cordas e gaitas, repleto de letras tristes e mórbidas. Isso logo após o grande sucesso de seu disco anterior, Dirt . Segundo o vocalista, o performático Layne Staley, “[...] lançamos um disco que vendeu muito bem, fizemos boas turnês e agora estamos no meio de uma calmaria” [1] . De fato, a banda passava por um período de aparente tranquilidade, com seu vocalista livre do uso de drogas, tentando exorcisar seus demônios através de letras recheadas de angústia, solidão e desencanto. Em Nutshell , a faixa de maior execução do disco, pode ser ouvido que “Se não posso ser eu mesmo, eu me sentiria melhor se estivesse morto”, ou ainda “Ninguém com quem chorar, nenhum lugar para chamar de lar”. Em Don’t follow , a amargura levada à enésima potência: “Esqueci minha mulher, perdi meus amigos, a